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domingo, 29 de agosto de 2010

Existem “Tradutores” e tradutores...


Em primeiro lugar gostaria de dizer que este artigo não tem como objetivo ofender ninguém e muito menos menosprezar o conhecimento que algumas pessoas adquiriram.
O que acontece é que cada pessoa deveria fazer o que está capacitado a fazer.
Por exemplo, você pode saber um pouco sobre dores de cabeça, sobre cólicas, mas isso não faz de você um médico.
Você pode saber fazer contas, mas isto não o capacita para fazer cálculos e construir uma casa.
E o fato de você saber português e ter estudado um pouco de inglês ou qualquer outro idioma, não faz de você um Tradutor.
Existem cursos, universidades, técnicas e muitas outras coisas necessárias para que se arrisque nesse campo.
Se você vai traduzir uma música por curiosidade, talvez dê para quebrar o galho.
Mas, vejo pessoas tentando traduzir bibliografias para usarem em seus TCCs, em suas teses, vejo absurdos em filmes e seriados, instruções de manuais onde não se consegue entender nada.
Por isso existem Tradutores e tradutores.
Os Tradutores trabalham duro no aprendizado da língua, se informam sobre o mundo à sua volta, procuram saber o assunto a ser tratado e perguntam ou pesquisam quando não sabem, lêem muito, estudam muito.
Isso custa caro. Isso dá trabalho a um profissional da tradução, e por isso tem que ser remunerado. Talvez por isso vemos tantos erros grotescos feitos em traduções.
É preciso muito estudo, muita pesquisa, muitos livros lidos ao longo dos anos, muito trabalho para se aventurar neste campo.
Então se precisar, contrate um tradutor ou alguém capacitado para este fim.

E aqui vão alguns erros grotescos:
(Fonte: Superinteressante, outubro de 2002)

Moça! Moça!
Nick Marshall (Mel Gibson), protagonista do filme "Do que as mulheres gostam”, assiste a um jogo de basquete pela TV. Um dos jogadores se prepara para arremessar a bola e as palavras de Nick aparecem na legenda: "Moça, moça, moça!"
Moça? Na verdade, ele torcia: "Erra, erra, erra" (miss, miss, miss). Quem acabou errando foi o sujeito que fez a legenda para a versão brasileira.

Torrada!
Let's make a toast significa "vamos fazer um brinde", mas, segundo a tradutora Raquel Elimar, em muitas legendas aparece assim: "Vamos fazer uma torrada." Toast é uma das tantas palavras inglesas com dois significados.

Outro erro comum envolve o verbo inglês pretend (fingir), que quase sempre vira "pretender". O livro The Physician ("o médico") foi traduzido para O Físico (na verdade, "físico" é physicist).

Motorista de disco
O tradutor Flávio Steffen lembra que "motorista de disco" entrou no lugar de "unidade de disco" na tradução de disk drive em um dos primeiros livros de informática do Brasil. Motorista, em inglês, é driver.

Dinheiro na jogada
Há mal-entendidos que podem causar prejuízos astronômicos. Um deles, segundo o tradutor Francis Aubert, aconteceu com uma empresa brasileira que tentou comprar uma enorme carga chinesa de feijão preto. Só quando o navio chegou ao Brasil os empresários perceberam que o que haviam comprado era um tipo de soja. Como a negociação foi feita em inglês – língua estrangeira para os dois lados – , as empresas se confundiram com a palavra bean, que quer dizer tanto "feijão" quanto "grão".

O general Will
O pior de todos os desacertos já cometidos em uma tradução para o português brasileiro é tido como mito para a maioria dos tradutores. Mas ele está lá, no livro A teoria política do individualismo possessivo: de Hobbes até Locke. A expressão inglesa the general will, em vez de significar "a vontade geral", virou "o general Will". Resultado? Quem decidia as coisas em algumas passagens da obra não era a vontade geral, mas o poderosíssimo general Will...

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