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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Adultos têm mais dificuldades para aprender 2ª língua?


Você acha que nunca vai conseguir aprender inglês?
Estudou anos e anos, mas ainda continua no básico? A língua trava na hora de pronunciar o bendito “th”? Trocou de escola incontáveis vezes?

Você não está só. O que os professores vêem há tempos em sala agora é comprovado por estudos acadêmicos: adultos têm mais dificuldade para aprender uma segunda língua que crianças e adolescentes.

Essa particular dificuldade com os idiomas não tem nada a ver com o QI dos adultos. O problema é por vezes psicológico. E, como tal, pode ser trabalhado. A professora Myriam Lacerda de Castro e Silva, em seu trabalho de mestrado na UnB (Universidade de Brasília), entrevistou adultos que haviam feito várias tentativas frustradas de aprender inglês. A inibição é um dos pontos que eles têm em comum.

“Os adultos criam um filtro, um bloqueio que os impede de participar da aula. Têm vergonha de errar e os outros rirem. Fora da escola, são médicos, advogados e empresários bem-sucedidos. Eles se sentem ridicularizados quando erram. Preferem ficar quietos. O problema é que ninguém aprende só ouvindo”, afirma.

Patrícia Pallu, professora da Universidade Positivo e autora do livro recém-lançado “Língua Inglesa e a Dificuldade de Aprendizagem da Pessoa Adulta” (ed. Pós-Escrito), diz que as crianças levam vantagem por assimilar novidades sem muito questionamento.

Os adultos, ela exemplifica, preocupam-se demais em buscar um sentido lógico no idioma e comparar a nova língua com o português. “Isso nem sempre dá certo. Imagine um estrangeiro querendo saber por que usamos “falecer” para uma pessoa, mas não para uma samambaia… Ele precisa simplesmente aceitar que é assim.”

Os questionamentos chegam até mesmo à didática dos cursos. Quando é avisada de que há um aluno descontente querendo conversar com ela, a gerente acadêmica da Cultura Inglesa de São Paulo, Lizika Goldcheleger, tem certeza de que se trata de um adulto.

“O adulto compara as aulas com o que ele acredita ser o correto. Quando não se encaixam nesse modelo, parece que tudo acaba ficando ruim e ele simplesmente bloqueia”, explica. “A criança ainda não tem vivência, não tem parâmetro de comparação. Está mais aberta, mais receptiva. Aproveita e aprende muito mais.”

As crianças ainda têm outro ponto a seu favor. Como o cérebro ainda está em formação, para elas é mais fácil assimilar novos conhecimentos. O que não quer dizer que os adultos não têm capacidade para aprender outra língua. Eles têm, mas só precisam de um pouco mais de tempo.

A maturidade, obviamente, têm suas vantagens. Os adultos, por exemplo, conseguem identificar com facilidade onde enfrentam mais dificuldade -se na escrita, na audição ou na fala, por exemplo. E, assim, sabem onde precisam se concentrar. Quando vão mal, as crianças dificilmente têm condições de fazer isso sozinhas.

Aos estudantes que, após anos de estudo, ainda acham que não aprenderam nada, o professor Ubiratã Alves, da Universidade Católica de Pelotas, dá um incentivo: “O melhor a fazer é olhar para trás e ver no livro tudo que ele estudou, comparar o antes e o agora. Assim é possível perceber que houve, sim, uma evolução.”

(Fonte: Folha de S. Paulo)

Um comentário:

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